Os médicos Eduardo Motta* e Paulo Serafini*, diretores do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva, um dos mais conceituados do país, esclarecem questões cruciais para auxiliá-la nessa jornada.
Quando buscar ajuda para engravidar
Por Eduardo Motta
A síndrome da mulher moderna tomou conta de nossa sociedade. Há poucos anos, elas eram preparadas para casar e construir uma família. Hoje, a história é outra. A prioridade delas, aliás, da maioria dos casais, é a carreira. A maioria se preocupa com os efeitos que a gravidez pode causar na vida profissional. Outras, que sempre desejaram ter um filho, retardam muito esse plano e acabam se deparando com uma realidade que foge de seu controle: a dificuldade de engravidar após os 35 anos.
No consultório, recebemos diversos tipos de pacientes mas, definitivamente, esse novo perfil já virou um “padrão”. Há um crescente número de casais na mesma situação e também muitas mulheres que, aos 35, ainda nem encontraram o parceiro ideal. Casais com este perfil e outros que estão em busca da maternidade há pelo menos um ano nos procuram diariamente para encontrar uma solução. Na maioria das vezes, existe saída, mas há casos de pacientes com idades mais avançadas e que não produzem mais óvulos de boa qualidade. Aí, precisam recorrer à doação de óvulos. Essa situação está cada vez mais comum.
Quando o assunto é infertilidade, muitos relacionamentos ficam estremecidos e o apoio de um especialista é fundamental para esclarecer todas as dúvidas. Nosso papel é ser transparente com o casal e dar suporte psicológico e emocional para a realização de um tratamento.
Adiar a gravidez por muito tempo gera uma enorme frustração, depois de meses de tentativas. Sem falar na culpa que ambos carregam em silêncio imaginando ser o pivô do problema.
Para as mulheres entre 30 e 35 anos que ainda não encontraram o par perfeito, o congelamento de óvulos seria uma "poupança" da maternidade. A técnica ainda gera polêmica entre elas, já que é preciso admitir que está sozinha e que não existe breve perspectiva em encontrar um parceiro.
Todos os casos merecem atenção especial e vale ressaltar que realizar um tratamento de reprodução assistida é mais comum do que de imagina.
Utilizaremos esta coluna para expor alguns temas que envolvem a infertilidade. Esperamos poder ajudar!
* Eduardo Leme Alves da Motta
Médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, é doutor em Ginecologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Professor adjunto da disciplina de Ginecologia e chefe do Setor de Ginecologia Endócrina da Unifesp, Eduardo Motta se especializou no Huntington Reproductive Center, na Califórnia. É diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva e co-responsável pelo Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Por Eduardo Motta
A síndrome da mulher moderna tomou conta de nossa sociedade. Há poucos anos, elas eram preparadas para casar e construir uma família. Hoje, a história é outra. A prioridade delas, aliás, da maioria dos casais, é a carreira. A maioria se preocupa com os efeitos que a gravidez pode causar na vida profissional. Outras, que sempre desejaram ter um filho, retardam muito esse plano e acabam se deparando com uma realidade que foge de seu controle: a dificuldade de engravidar após os 35 anos.
No consultório, recebemos diversos tipos de pacientes mas, definitivamente, esse novo perfil já virou um “padrão”. Há um crescente número de casais na mesma situação e também muitas mulheres que, aos 35, ainda nem encontraram o parceiro ideal. Casais com este perfil e outros que estão em busca da maternidade há pelo menos um ano nos procuram diariamente para encontrar uma solução. Na maioria das vezes, existe saída, mas há casos de pacientes com idades mais avançadas e que não produzem mais óvulos de boa qualidade. Aí, precisam recorrer à doação de óvulos. Essa situação está cada vez mais comum.
Quando o assunto é infertilidade, muitos relacionamentos ficam estremecidos e o apoio de um especialista é fundamental para esclarecer todas as dúvidas. Nosso papel é ser transparente com o casal e dar suporte psicológico e emocional para a realização de um tratamento.
Adiar a gravidez por muito tempo gera uma enorme frustração, depois de meses de tentativas. Sem falar na culpa que ambos carregam em silêncio imaginando ser o pivô do problema.
Para as mulheres entre 30 e 35 anos que ainda não encontraram o par perfeito, o congelamento de óvulos seria uma "poupança" da maternidade. A técnica ainda gera polêmica entre elas, já que é preciso admitir que está sozinha e que não existe breve perspectiva em encontrar um parceiro.
Todos os casos merecem atenção especial e vale ressaltar que realizar um tratamento de reprodução assistida é mais comum do que de imagina.
Utilizaremos esta coluna para expor alguns temas que envolvem a infertilidade. Esperamos poder ajudar!
Médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, é doutor em Ginecologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Professor adjunto da disciplina de Ginecologia e chefe do Setor de Ginecologia Endócrina da Unifesp, Eduardo Motta se especializou no Huntington Reproductive Center, na Califórnia. É diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva e co-responsável pelo Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana.
* Paulo Serafini
Médico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com Pós-doutorado em Endocrinologia Reprodutiva na University of Southern California School of Medicine, nos Estados Unidos, hoje é diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva e co-responsável pelo Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Também foi diretor do programa de Fertilização In Vitro, da Universidade da Califórnia.
Médico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com Pós-doutorado em Endocrinologia Reprodutiva na University of Southern California School of Medicine, nos Estados Unidos, hoje é diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva e co-responsável pelo Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Também foi diretor do programa de Fertilização In Vitro, da Universidade da Califórnia.
Fonte: bebe.abril.com.br
Dr. Eduardo
ResponderExcluirGostaria de saber a sua opinião sobre o cross match ? Esse é o unico tratamento que ainda não fiz, mas diante da minha situação não tenho nada a perder.
2008 - gestação até 29 semanas - bebe com má formação pulmonar ( adenomatoide cistica ) - viveu apenas 2 dias - Cariótipo normal. Cesária Exit e TEP após parto.
2010 - gestação até 11 semanas. Cariótipo normal. Aborto retido - curetagem
2012 - FIV - Clexane + imunoglobilina - não implantou
2012 - TEC - Clexane - não implantou
2012 - gravidez natural q não evoluiu BHCG 800 com 7 dias de atraso e regredindo.
Eu e meu marido somos heterozigoto no metileno ... não sei se essa informação ajuda alguma coisa. Todos os outros exames normais !!!
Ah, tenho 36 anos ... e estou quase desistindo da maternidade.