Sete fatos sobre a fertilidade feminina que você precisa saber…


As mulheres que pensam em ter filhos, sempre ouvem dicas e sugestões de outras mulheres para engravidar mais rápido.
Nem todos sabem o que é verdade, o que é mito, o que é psicológico e o que é fisiológico.

Nessa matéria o ginecologista Joji Ueno, diretor da Clínica GERA, faz uma lista e explica cada frase que costumamos ouvir por aí...





DIETAS E EXERCÍCIOS PRESERVAM A SUA FERTILIDADE

Há uma queda natural na qualidade dos óvulos femininos decorrente da idade, independentemente desta mulher ser uma pessoa saudável. “Com a idade de 40 anos, uma mulher é mais suscetível a um aborto espontâneo do que a dar à luz. Mulheres grávidas na casa dos quarenta anos ​​são muito mais propensas a sofrer complicações, como pré-eclâmpsia, gravidez ectópica ou abortos espontâneos, além de serem mais propensas a precisar de uma cesariana. Os bebês que nascem destas mães são mais propensos a ser prematuros, menores ou a apresentar síndrome de Down e/ou outras doenças genéticas”, afirma o ginecologista, Prof. Dr. Joji Ueno. Em relação a seguir uma boa dieta, é importante saber que o peso ideal pode melhorar as chances de engravidar em qualquer idade. “As mulheres com sobrepeso ou obesas têm frequentemente mais problemas para engravidar e estão mais propensas a desenvolver complicações como diabetes gestacional e pressão alta”, diz o médico.


A PÍLULA ANTICONCEPCIONAL DIFICULTA A GRAVIDEZ

O uso de anticoncepcional oral não interfere na maior ou menor fertilidade da mulher. Os estudos mostram que quando a mulher pára de tomar as pílulas anticoncepcionais, elas voltam a ovular normalmente em até três meses. Muitas conseguem regularizar o seu ciclo de ovulação antes disto. “Uma mulher pode começar a tentar engravidar, logo após parar de tomar a pílula, não existem impedimentos. Em princípio, mulheres que utilizam anticoncepcionais orais podem engravidar assim que o uso das pílulas for interrompido. Já os anticoncepcionais injetáveis de aplicação mensal ou trimestral podem ter um efeito cumulativo no organismo”, explica o ginecologista. Na verdade a pílula pode ter um efeito protetor para a saúde reprodutiva feminina. “A pílula pode ajudar a retardar ou mesmo prevenir o desenvolvimento de cistos ovarianos e de endometriose. Tanto os cistos, quanto a endometriose são condições que podem interferir na ovulação”, diz o médico. Se uma mulher apresentar problemas para engravidar, depois de parar de tomar a pílula, a dificuldade pode ser fruto de mudanças que tenham ocorrido naturalmente, ao longo do tempo, no seu ciclo menstrual.


PARA ENGRAVIDAR RAPIDAMENTE, VOCÊ DEVE TER RELAÇÕES SEXUAIS TODOS OS DIAS

O esperma pode se manter vivo no organismo feminino por cerca de 38-72 horas, por isto, não hánecessidade real de fazer sexo todos os dias para engravidar. Transformar a relação sexual numa obrigação não é o caminho mais rápido para engravidar. Além disso, ter relações sexuais mais de uma vez, por dia, durante alguns dias, pode reduzir a contagem de espermatozóides. “Descobrir quando vai ovular é uma informação importante para as que desejam engravidar, pois pode-se aumentar a frequencia das relações sexuais cerca de dois-três dias antes e depois do dia da ovulação. Geralmente, os médicos indicam o coito programado apenas para mulheres que apresentam problemas de ovulação”, explica Joji Ueno, que também dirige o Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.


O ESTRESSE É O PROBLEMA MAIS COMUM ENTRE AS MULHERES QUE TÊM PROBLEMAS PARA ENGRAVIDAR

A infertilidade, sem dúvida, provoca estresse, mas o estresse não causa infertilidade. As pesquisas mostram que a maioria dos casos de infertilidade é resultado de problemas físicos no sistema reprodutivo da mulher ou do homem e os fatores psicológicos raramente são a causa primária da infertilidade do casal. “Já o diagnóstico de infertilidade pode causar estresse considerável e tristeza. Os pacientes frequentemente relatam altos níveis de depressão e ansiedade. Alguns estudos têm comparado o estresse provocado pela infertilidade ao estresse vivido por pacientes com câncer ou doenças cardíacas. Para avaliar os efeitos de níveis elevados de estresse, os pesquisadores estão estudando se o estresse pode tornar o corpo ‘um lugar menos hospitaleiro para uma gravidez’ e se esta suposição, de alguma forma, pode interferir no sucesso dos tratamentos de infertilidade”, informa Joji Ueno. São muitos os programas de tratamento da infertilidade que já abrangem o aconselhamento individual e do casal para ajudar homens e mulheres a lidarem melhor com o diagnóstico e com o tratamento da infertilidade, “mas não sabemos ainda, com certeza, se este tipo de ação pode afetar as taxas de sucesso do tratamento”, relata o ginecologista.


SE VOCÊ TEM CICLOS MENSTRUAIS REGULARES, VOCÊ NÃO TERÁ PROBLEMAS PARA ENGRAVIDAR

Menstruações regulares indicam que a mulher está ovulando normalmente, mas não garantem que estes óvulos são de boa qualidade. A incidência de problemas de saúde que comprometem a fertilidade de um casal varia de acordo com a idade. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que uma em cada 15 mulheres, com idade entre 20 e 30 anos encontra barreiras para engravidar. Nos casais em que ela está na faixa entre 30 e 40 anos, este número sobe para uma em cada oito mulheres. Depois dos 40, a proporção é de um para cada quatro casais que não consegue ter filhos sem a ajuda de tratamentos ou métodos de fertilização artificiais. Problemas ovulatórios, obstruções na trompa, doenças uterinas, infecções no colo do útero e fatores imunológicos estão entre as principais causas de infertilidade feminina. “Muitas mulheres apresentam dificuldades para ovular causadas pela Síndrome dos Ovários Policísticos ou por disfunções na tiróide ou nas glândulas supra-renais”, diz Joji Ueno, que também é Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP. As obstruções nas trompas podem ser causadas pela endometriose ou algum tipo de aderência que dificulte a mobilidade, ou seja, o transporte do óvulo até o útero que é realizado pela trompa. Em alguns casos, os problemas estão localizados no útero, causados por miomas e pólipos. “As infecções do colo do útero também impedem a gravidez porque deixam o muco vaginal hostil, não permitindo a sobrevivência e a passagem do espermatozóide”, afirma o médico. Há casos também em que a mulher não engravida porque seu sistema imunológico entende o espermatozóide como um intruso e o rejeita. Somados aos fatores biológicos, estão também o uso de drogas, álcool, remédios sem prescrição e hábitos de vida sedentários que podem causar infertilidade também.


TER ABORTADO AFETA A SUA CAPACIDADE DE ENGRAVIDAR NOVAMENTE

Um aborto afeta a fertilidade somente se a mulher teve uma complicação, durante ou após o procedimento.Uma infecção, por exemplo, pode deixar cicatrizes no útero, que poderia interferir na implantação de um novo embrião. De acordo com um estudo holandês recente, mesmo as mulheres com episódios de abortos recorrentes podem estar certas de que o tempo que levam até uma concepção subseqüente não é significativamente maior do que o de mulheres em idade fértil, sem história de aborto espontâneo. “Como os abortos recorrentes são extremamente estressantes para essas mulheres, o estudo serve como alento para as que desejam continuar tentando ter um bebê”, observa Joji Ueno.


SE VOCÊ JÁ TEVE UM FILHO, CONCEBER NOVAMENTE SERÁ MUITO FÁCIL

Ter engravidado naturalmente uma vez, com facilidade, não é garantia de que o mesmo acontecerá uma segunda vez. “São comuns os casos de infertilidade secundária, quando um casal não consegue engravidar ou levar uma gravidez até o final, após já terem tido um filho. Esse tipo de infertilidade é tão comum quanto a infertilidade primária, sem ocorrência de gravidez anterior”, afirma o Prof° Dr. Joji Ueno, diretor da Clínica GERA. Os mesmos fatores que causam a infertilidade primária podem causar a secundária: bloqueio de trompas, endometriose, problemas de ovulação, pouca quantidade ou falta de motilidade dos espermatozóides, varicocele, dentre muitos outros motivos. Com o passar do tempo, as condições de saúde do casal podem se alterar. “Seja qual for a causa da infertilidade secundária, ela se desenvolveu ou se agravou, após a primeira gestação. Para ter o segundo filho, o casal precisa passar pela avaliação de um especialista em fertilidade”, recomenda o médico.

Fonte: www.clinicagera.com.br/wordpress

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