Nova Coluna no Site da Revista Pais e Filhos

O site da Revista Pais e Filhos tem muitas coisas que não tem na Revista, como por exemplo, colunistas só do site.
Este mês começo a fazer parte da lista de colunistas do "Só no Site", com muito orgulho.

Agradeço imensamente o convite da Editora do site, Maria Flor Calil, que além de ótima profissional, é uma pessoa encantadora.

Para entrar pelo site, acesse o site da revista (www.revistapaisefilhos.com.br), clique no link "Só no Site"e escolha a colunista.

Aqui vai a primeira coluna, onde falo sobre o processo que passei para fazer o congelamento dos óvulos.


Era uma vez...

Era uma vez uma menina de 6 anos que queria ter 10 filhos.

Três décadas depois ela está sentada em frente a sua médica esperando o resultado dos exames que mostrarão se ela terá, pelo menos, uma chance de engravidar.

Essa menina sou eu!! É um prazer poder dividir com vocês minhas experiências, como mulher e como terapeuta.

Para a primeira coluna, vou contar um pouco sobre mim. Aliás, vou continuar a história que comecei para vocês saberem o que aconteceu.

Tive duas notícias: uma boa e uma ruim. A ruim foi que seria praticamente impossível eu engravidar naturalmente.

Não foi nada fácil ouvir isso. Minhas trompas estavam obstruídas por causa da endometriose. Assim não daria nem para o óvulo, nem para os espermatozoides passarem.

A boa foi que meu útero estava muito bem, ou seja, teria condições de gestar. Ufaaaa...

A solução, então, seria fazer uma fertilização “in vitro”. Maravilha!!!
Só tinha um probleminha: não tinha o pai!!!

A única alternativa era fazer o congelamento dos óvulos, já que fazer uma fertilização com esperma doado não estava em questão.

Tudo isso começou porque alguns meses antes, eu tinha procurado a médica só para fazer uns exames e saber como eu estava, já que eu tinha endometriose há bastante tempo e ia completar 36 anos.

São três os exames específicos para isso: um de sangue chamado antimulleriano, que mostra a qualidade dos óvulos nos próximos meses, um ultrassom com preparo intestinal e a histerossalpingografia, que mostra se as trompas estão com a passagem livre ou não.

As minhas trompas já estavam comprometidas, o ultrassom mostrou que eu tinha ainda endometriose e o exame de sangue mostrou que meus óvulos já não estavam muito bem.

Diante de tudo isso, o congelamento era a alternativa mais sensata.

Demorei uns meses para me acostumar com a ideia, e quando decidi, resolvi que não contaria para ninguém.

Mas depois da primeira conversa com minha médica, que já era minha amiga, comecei a entender melhor esse universo chamado “fertilidade”.

Soube de muitas histórias, algumas com final feliz, outras nem tanto.

Estamos vivendo numa cultura que proporciona às mulheres muitas escolhas, como por exemplo, adiar a maternidade. Realmente a mulher tem sido muito independente, tanto financeira quanto emocionalmente. Mas, conhecendo de perto a medicina reprodutiva, percebi que o corpo não acompanha a cultura. Ou seja, nossa parte fisiológica envelhece do mesmo modo que há 150 anos.

Claro que a medicina avançou muito. Aliás, é incrível o que ela tem feito. Mas acho que tem um certo exagero nisso. Não podemos ir contra a natureza humana. Se uma mulher de 30 anos não fabrica mais óvulos saudáveis, nem a medicina conseguirá fazê-la engravidar. E isso não é incomum.

Foi criada uma ilusão de que a medicina resolve tudo e por isso a maioria das mulheres chegam muito tarde às clínicas de reprodução humana.

Por essas e outras resolvi dividir com o mundo a minha história.
Na próxima coluna, falarei sobre o processo que passei para fazer o congelamento dos óvulos. Mas se você estiver muito curiosa, a Revista Tpm publicou a minha história na edição de outubro. Tem nas bancas e no site da revista.

Um beijo enorme




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