Pequenas escolhas que podem fazer a diferença na qualidade de vida das mães

Luanda Nera é jornalista, mãe de Valentina e colunista do "Só no site" da Revista Pais e Filhos.

Nesse texto, ela conta coisas do dia-a-dia de uma mãe de primeira viagem que não entende exatamente o porquê de tantos modelos de berço...



Não dá para alegar falta de informação, menos ainda dificuldade de acesso às infinitas novidades nesse lucrativo mercado que ronda todas nós, mães. Mas é impressionante como bastam alguns minutos de prática para desmascarar uma propaganda enganosa ou mal feita e derrubar qualquer teoria menos realista! Isso tudo é para dizer que por mais que os sites, livros e programas de TV façam a cabeça de uma mãe de primeira viagem transbordar de tantos “esclarecimentos”, é no dia-a-dia da convivência com os filhos que as escolhas erradas vão aparecendo...

Pragmática, decidida e ultra empolgada, logo que descobri a gravidez comecei a colecionar listas de enxoval, chá de bebê, folhetos e a visitar diversas lojas. E foi rápido também perceber o quanto seria difícil decidir se levasse em conta todas as opções! Para não entrar em pânico, fui comprando tudo rapidinho, na tentativa de conciliar barrigão + trabalho em período integral + busca por uma empregada + nova reforma na casa. O resultado é um aprendizado valioso: muitas coisinhas práticas, aparentemente sem grande importância, podem fazer uma enorme diferença na rotina de quem cria uma criança!

Alguns exemplos:

- Berço: até hoje não me conformo por não ter feito no mínimo um “test drive” (nem que fosse com uma boneca ou coisa do tipo!) que pudesse simular um gesto tão decisivo para a qualidade do sono de todos nós quanto o de ajeitar uma criança recém-adormecida no berço. A altura das grades, imaginei, deve ser um padrão, deve ter uma norma de segurança. Confiei e arrisquei. Mas será que os designers de móveis para bebê não levam em conta a altura das mães e pensam na dificuldade em colocar/retirar uma criança sem provocar grandes danos à coluna? Acreditem, não tem um só dia que eu não me arrependa por não ter pensado nisso... Minhas dores no pescoço pioraram bastante por eu ter passado longos meses me equilibrando na ponta dos pés e quase tendo que arremessar a Valentina do alto da grade! Hoje o problema está mais ou menos resolvido em casa: todos os dias, abaixo a grade para colocar minha filha para dormir e, depois, silenciosamente e no escuro, subo a grade novamente. Nada prático, mas bem menos dolorido...

- Trocador acoplado no berço: o problema se repete... Dada à altura do berço que (infelizmente) compramos, o trocador acabou virando um suporte para bichos de pelúcia, roupas recém-passadas etc etc... Isso sem falar que, quando Valentina já estava com uns cinco ou seis meses, por várias vezes tive que “buscá-la” escondida embaixo da tampa de madeira...

- Armários: o inconformismo continua! As quatro gavetas encostadas no chão deixam claro que, realmente, eu não fui feliz na escolha dos móveis... Foi só começar a guardar as primeiras roupinhas, ainda grávida de oito meses, que a dificuldade em abaixar e levantar só dava os primeiros sinais. Ainda hoje preciso fazer um exercício de equilíbrio incrível (ainda bem que tenho prática no Pilates!) para, naquela hora de choro-de-sono-pré-banho, agachar com minha bebê de 10 quilos em um dos braços e escolher o pijama com o outro.

- Torneira quente no banheiro (ou a falta dela): eu já tinha testado na casa da minha irmã Mariana, com as minhas sobrinhas, a praticidade em lavar os bebês na pia do banheiro na troca da fralda. E ela cansou de me avisar para instalar uma em casa também... No trauma de tanta reforma, deixei como estava e pensei que um punhado de algodão e uma garrafa térmica seriam suficientes para ajudar na higiene da Valentina. Claro que não é tão simples assim – nada se compara a uma boa lavagem com água corrente e sabonete. E, quando apelei para as cheirosas “águas de toilette”, percebi que gastei mais comprando dois frascos de um produto destes de uma marca francesa do que se tivesse mandado instalar a tal torneira quente!

- Babá eletrônica: sei que essa dica pode não ser uma grande novidade, mas entra na minha lista de escolhas erradas... Como muitas, morria de medo de imaginar um bebê indefeso dormindo sozinho e entrava em pânico quando começara a fantasiar ele se engasgando ou coisa do tipo e eu dormindo profundamente. Nem preciso dizer que essa cena não existe no universo das mães. Escolhi uma babá eletrônica super moderna, com vídeo e promessa de som sem chiados, e aproveitei uma viagem do meu cunhado Rodrigo para encomendar o equipamento que me prometia tanta tranquilidade... Testei por uma vez, achei meio sem graça – em qualquer canto da casa eu ouvia cada mexidinha de perna da Valentina, cada suspiro. Tentei de novo em outro dia mais barulhento, com visita em casa. Fechei a porta do quarto e liguei a babá eletrônica. Inútil, já que o choro da minha filha era mais alto do que o som do aparelho que eu carregava no meu bolso.

A lista não para por aqui... É assunto para um tratado, um compêndio de lamentações e falhas no percurso de uma mãe que só queria receber sua primeira filha (e fazê-la crescer) da melhor forma possível... Prometo novos capítulos, inclusive com as ótimas escolhas também!

Luanda Nera, jornalista, viveu 35 anos à espera de sua filha, a Valentina. Nessa trajetória, acumulou referências de grandes exemplos de mães, a começar pela sua própria, a Lucila. Aqui, espera dividir os conselhos úteis - os quais seguiu à risca e suspira aliviada! ?- e promete te fazer pensar em detalhes que podem fazer a diferença no dia-a-dia da maternidade.

Fonte: revistapaisefilhos.com.br/so-no-site

Um comentário:

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