Mercattino dei Bambini

Há quatro anos acontece, na Itália,  uma feira de brinquedos usados, o Mercattino dei Bambini.

As próprias crianças montam as barracas e vendem as coisas que não utilizam mais.



Itália, três horas e meia de Roma, praia de Cattolica, férias de verão no Adriático. Todas as terças, finais de tarde, a Praça do Mercado fica repleta de crianças. Elas não estão ali somente para se divertir: a ideia é também fazer um bom negócio. Acompanhadas pelos pais, elas se reúnem e montam uma feirinha, com pequenas bancas, onde vendembrinquedos, roupas e artigos que não mais. É o Mercattino dei Bambini, realizado há quatro verões, sempre de junho a setembro. Acontece há vinte anos na região e ocorre simultaneamente em várias pequenas cidades vizinhas.

Giuseppe Lorenzo, 51, pai de três meninos e organizador da feira, a cada inicio de ano faz o pedido do espaço para a prefeitura, que também ajuda na divulgação. Ele conta que o mercadinho acontece de maneira muito livre, sem ficha de inscrição, nem reservas. Acompanhadas do pai ou da mãe, as crianças chegam a partir do final da tarde e montam seus negócios, até a hora que bem entenderem. O objetivo é fazer com que elas, além de aprender a negociar e a reutilizar os objetos, colaborando assim para um futuro melhor para o planeta.

A cada ano o número de banquinhas aumenta. Hoje são mais de 70. "A ideia veio de outra feira de artesanato, de adultos, onde alguns pais levavam os filhos. Eles também queriam participar, montavam por sua conta pequenos espaços nos muros e negociavam entre si, a exemplo dos pais", conta Lorenzo.









Ao redor do mundo, especialmente na Europa, feirinhas como a de Cattolica são bastante comuns. No Brasil, embora sejam raras, há uma que chama a atenção. Acontece uma vez por ano, em Holambra, interior de São Paulo. É o Mercado de Brinquedos Usados, onde crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos têm um espaço organizado para negociar carrinhos, bonecas, roupas e até animais de estimação. Há algumas regras - e a principal delas é a de que os pais podem ajudar, mas a responsabilidade pela inscrição e pelas negociações durante a feira é por conta das crianças.

A quarta edição do evento aconteceu no último dia 30 de abril e teve um crescimento considerável em relação ao primeiro ano. Quando começou, há quatro anos, contava com apenas sete estandes. Em 2011 foram cerca de 40! Gostou da ideia? Então, que tal promover uma feira assim, na escola, no condomínio ou na praça perto da sua casa?

Fonte: revistacrescer.globo.com

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