A partir de 2012, berços terão que ter selos de aprovação do Inmetro


Na última semana, o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) informou que os fabricantes de berços terão que passar por aprovação e, consequentemente, exibir o selo de qualidade da instituição.

Segundo Alessandra Françoia, coordenadora nacional da organização não-governamental Criança Segura, já existiam normas regulamentais para os berços, porém, elas estavam desatualizadas. Alessandra participou de algumas reuniões em que outros órgãos de defesa do consumidor, laboratórios de testes e representantes das indústrias também estavam presentes.

As novas regras foram baseadas nas que estão em vigência na Europa e na tradução da norma ISO (organização internacional que aprova as regulamentações em todos os campos técnicos). “Nós adequamos para a realidade brasileira”, afirma Alessandra. Os fabricantes terão um ano meio para se adequarem às novas regras e as lojas, por sua vez, três anos.

As principais normas são:

• O manual de instruções precisa estar em português;
• As bordas precisam ser arredondas;
• O espaço entre as barras das grades deve ser de até seis centímetros;
• As grades, quando forem móveis, devem possuir um sistema de travamento;
• As rodinhas – se o berço possuí-las – também precisam ter o sistema de travamento. Ou seja, a cada quatro, duas devem ter as travas.

Alessandra ainda salienta que o consumidor deve não só estar atento às regulamentações, como fazer um bom uso do produto. “As normas são muito sérias e seguras, mas não adianta se o uso dos produtos é inadequado”, diz.

Em um primeiro momento, segundo a profissional, o preço dos berços pode sofrer um aumento, porém, será importante para o mercado e sua diversidade. “É um filtro natural” – explica Alessandra – “outros exemplos comprovam que estes tipos de normas abrem o marcado para uma variação maior de produtos, algumas empresas não conseguem acompanhar”, continua.

Se você detectar algum problema com a segurança do berço do seu bebê, Alessandra indica que, primeiramente, deve-se contatar o fabricante. “Se o caso não for resolvido, o consumidor pode entrar com uma ação por meio do PROCON”, fala a profissional.

É importante estar atento à este tipo de norma e não só com a decoração e conforto do quarto do seu bebê.


Fonte: revistapaisefilhos.com.br
Texto: Nivia de Souza
Consultoria: Alessandra Françoia, filha de Maria e Harry, coordenadora nacional da ONG Criança Segura

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